2ª edição do evento “Diálogo Aberto” promove reflexões críticas e leva Ensino Médio a pensar nos desafios contemporâneos
Depois de receber no último ano Henrique Portugal e Lelo Zanetti (Skank) para palestras ligadas a empreendedorismo, criatividade e sucesso na carreira, a edição de 2017 do “Diálogo Aberto: um olhar crítico para a sociedade” apresentou uma nova temática. O vice-prefeito e secretário de governo da capital mineira, Paulo Lamac, e Mateus Simões, vereador, professor universitário e procurador do Estado, receberam o desafio de responder à seguinte indagação para o Ensino Médio do Colégio Logosófico: de que modo a política pode reconquistar a juventude?
As disciplinas de Sociologia, História, Filosofia e Ética se uniram no intuito de abordar o tema que, hoje, é evitado por muitos nas salas de aula: a relação entre a Política e a Juventude. A mediação do projeto foi realizada exclusivamente pelos alunos de 1º, 2º e 3º Ano, sob a coordenação do professor Rafael Oliveira. O resultado da manhã, segundo convidados e alunos, foi satisfatório e estimulante. “Encontrar com a juventude é sempre revigorante, me faz lembrar de quando sonhava - e mais que sonhar, planejava - trabalhar em algo que, além de me trazer realização pessoal, pudesse contribuir para que as pessoas ao meu redor pudessem também viver melhor. E assim fui trilhando meus caminhos, construindo projetos, me juntando com pessoas que partilhavam dos mesmos ideais. Errei muito, aprendi mais ainda, me reinventei inúmeras vezes, para, numa manhã como essa, me enxergar nos olhos de muitos dos alunos do Colégio Logosófico”, afirmou o vice-prefeito Paulo Lamac.
O vereador Mateus Simões, em sua palestra, consentiu com a inquietude dos jovens perante a classe política. “A realidade é realmente dramática. Mas para além do que se pode fazer para reconquistar a juventude, digo que a juventude é que precisa conquistar a política. As pessoas e, sobretudo os jovens, precisam se apropriar dos ambientes políticos, sob pena de que os políticos profissionais continuem se perpetuando no poder. Costumo dizer que estes, que vivem da política, dependem da reeleição para o próprio sustento. E, com essa realidade, o interesse público acaba saindo muito prejudicado. De todo modo, foi um grande prazer poder conversar com tantos jovens, com um senso crítico tão elevado!”, enfatizou Simões.
Para os jovens presentes, a oportunidade “fez pensar”, como resumiram os estudantes. “É essa a proposta de intervenção adequada! Daí que parte a mudança. Levar duas referências em suas áreas para transmitir conhecimentos e motivar nós alunos foi brilhante!", registrou Julia Malard, aluna do 2º A. Nessa linha, comentou Laura Soledad, também do 2º A: “Adorei a iniciativa! Participar de um evento como esse fez com que minha opinião fosse repensada e refletida”. Por fim, a professora de Produção de Texto, Emanoela Cotta, fez sua análise. “Em um cenário político tão complexo como o nosso, é importante demais refletirmos sobre a nossa cidadania e o real envolvimento com a política. É fundamental despertarmos em nossos alunos o gosto pelo tema. Nesse sentido, a atividade de hoje foi de uma contribuição imensa”.
O “Diálogo aberto: um olhar crítico para a sociedade” nasceu para ser um evento anual, de ideário simples e direto: promover uma aula especial (seguida de um debate), com atores sociais de absoluta relevância e que possam acrescentar aos alunos de todo o Ensino Médio, experiências instigantes no âmbito da trajetória profissional, além de visões sensíveis e críticas no que tange aos conteúdos ligados a Mercado de Trabalho, Cidadania, Ética e/ou Democracia.
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