A Geografia do livro didático aplicada à vida, no 3º Ano do Ensino Médio
Nas aulas de Geografia do 3º Ano do Ensino Médio, a troca de experiências vividas em áreas rurais, espaços da natureza e campings é muito valorizada pela professora Suely Takahashi, com o intuito de estimular práticas em espaços “outdoors”.
O destaque é dado para os vínculos estabelecidos entre a Geografia do livro didático e o que os alunos percebem ao seu redor, atendendo às competências 6 e 8 da Base Nacional Comum Curricular que estipulam:
- Competência 6: "Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade."
- Competência 8: "Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas."
Tudo isso aliado a um importante objetivo da Pedagogia Logosófica, o de contribuir para o conhecimento de si mesmo, favorecendo o desenvolvimento das faculdades mentais e sensíveis dos alunos tão necessários para se fazer a prática da vida consciente em situações reais do dia a dia com valentia, autonomia, confiança em si mesmo e valorizando o trabalho em equipe.
Foi concedido, então, um tempo durante a aula de Geografia para que fosse feito o relato da desafiadora experiência vivida pelos alunos Mateus Abreu Cabral e Diego Prates Araújo Abreu sobre uma trilha realizada em Barão de Cocais – MG, no feriado do 7 de setembro, com a exibição de algumas fotos.
“O ponto alto do relato se deu quando meus alunos contaram que a partir de um café da manhã que aconteceu com atraso e a trilha de 15 km que teve início às 11h, imaginou-se que o retorno seria ao entardecer. Mas, em momentos diferentes, a sola da bota de um dos participantes se soltou, o que exigiu um tempo de reparo. Houve problemas na interpretação do mapa e falta de sinal para o celular, o que inviabilizou o retorno para o acampamento. Todos tiveram que dormir no mato sem as suas respectivas barracas. O retorno até o ponto de partida só aconteceu na manhã seguinte... uma aventura e tanto vivida pelos dois alunos!”, salienta a professora Suely.
Diego destacou que: “Aprendi que quando estamos com os ingredientes básicos para sobrevivência e em companhia de pessoas que temos certeza que nos amam nunca sentimos insegurança ou pavor de algo ruim. Ao vivenciar situações de problemas diferentes do cotidiano junto com um grupo, a opinião do grupo é o fator mais importante na tomada de decisão. Estarmos diante de perigos reais em uma condição de sobrevivência nos faz invocar a nossa parte mais forte para vencermos as dificuldades. E aflora nosso altruísmo. O contato com a natureza nos deixa encantados, mas ao mesmo tempo nos dá medo. No entanto, à medida que dominamos o ambiente a segurança em nós mesmos aumenta e assim nos fortalecemos como pessoas e acrescentamos história para uma vida inteira. Experiências como essa, independente dos imprevistos, acabam se tornando aventuras memoráveis e divertidas, se tornando lembranças emocionais.”
“Pensei que ouviria um relato dentro de um roteiro fechado, sem imprevistos e com tudo no controle. Mas à medida que os alunos foram relatando as situações inusitadas que foram vividas na trilha, eu e a turma do 3o Ano ficamos perplexos com tanta valentia. Afinal, ficar perdido na mata não é nada fácil. Aprender a lidar com o que foge ao nosso controle é ter a oportunidade de aplicar os valores aprendidos no Colégio com o objetivo de fortalecer a mente e cultivar bons pensamentos mesmo nas mais adversas situações. Tenho muito orgulho dos meus alunos!” , manifestou a professora Suely.