A professora Maria Natália Serpa aproveitou o conteúdo de História sobre os imigrantes no Brasil, para desenvolver um projeto que enriquecesse o conteúdo com novos e transcendentes conhecimentos. Um deles foi sobre como podemos aprender uns com os outros e o respeito às diferenças.

Inicialmente introduziu de forma lúdica o seguinte ensinamento de González Pecotche: “Uns têm o que a outros falta e o que a uns falta, outros têm.” (Do livro Introdução ao Conhecimento Logosófico, p. 189)

O ensinamento foi reproduzido num grande quebra-cabeça. As crianças completaram o jogo e ao final dele conversaram sobre o que cada um compreendeu daqueles dizeres e o que poderiam viver sobre o que ele sugeria.

Em seguida, a professora apresentou para a turma o tema a ser estudado: Imigrantes do Brasil. Foram destacados os portugueses, espanhóis, italianos, japoneses, árabes e alemães. As crianças puderam ter uma primeira visão das diferentes culturas que chegaram ao nosso país, nos séculos XIX e XX, em busca de melhores condições de vida, de trabalho e de segurança. Lutaram muito e conseguiram manter a família e deixaram para nós muitas contribuições.

Depois de um levantamento de perguntas sobre o que gostariam de responder ao longo do estudo, pesquisaram nos livros, seguindo os combinados para um trabalho em grupo, organizado e eficiente. Formaram assim um campo experimental para vivenciar o que estavam aprendendo, respeitando as ideias dos demais, ainda que fossem diferentes das suas, para aprender e enriquecer o trabalho. Em seguida, os grupos estenderam a pesquisa nas aulas de Informática.

O projeto culminou com apresentações diferentes na “Tarde Cultural”. Cada grupo se organizou para trazer objetos, pratos típicos, cartazes, fotos e moedas sobre o país dos imigrantes que estudaram. As turmas de todo o curso do Fundamental I foram visitar a exposição. Cada pergunta que surgia era respondida com alegria. Algumas crianças se sentiam verdadeiros imigrantes: ofereciam pratos típicos de cada localidade, mostravam o que pesquisaram e explicavam sobre as moedas da região. Ao final, também os pais visitaram a exposição, alegrando ainda mais os alunos. No último dia de aula, as crianças responderam à seguinte pergunta: O que aprendi no 3º Ano para a minha vida?

Alguns depoimentos relacionados a esse projeto:

“Eu aprendi a pensar antes de fazer, saber falar e saber ouvir; ninguém é igual e devemos respeitar as diferenças. Também aprendi que tem gente que tem um valor ou uma habilidade que o outro não tem, e o outro sabe fazer coisas que a outra pessoa não e pode aprender e ensinar uns aos outros. Aprendi a respeitar todos, a ajudar nas dificuldades e que quanto mais amigos melhor. E também aprendi a ter defesa mental, ou seja, defender a mente de pensamentos ruins e copiar (aprender) só coisas boas.” (Valentina Ignacchiti Gonçalves Teixeira)

“Eu aprendi muito no ano. Hoje vou contar sobre o respeito. O respeito é a base de tudo. Se todas as pessoas fossem respeitadas do seu jeito, o mundo seria melhor. Outra coisa que aprendi é sobre as diferenças. Todos nós somos diferentes, até mesmo os gêmeos; temos gostos, pensamentos, digitais e sentimentos diferentes. Nós somos diferentes também na aparência.” (Maria Eduarda França Lima)

“A atividade foi muito produtiva, pois as crianças se envolveram muito e o retorno dos pais foi ótimo! As crianças aprenderam se divertindo, ao estudar e pesquisar sobre o conteúdo”. (Maria Natália Serpa)