Foi realizado, no mês abril, um excelente e produtivo Curso para Pais sobre o tema: Os desafios e o valor da convivência – Vínculo entre pais e filhos. Os palestrantes foram: professor Francisco Liberato Póvoa Filho, ex- diretor do Colégio Logosófico, pai de ex-alunas e avô de atual aluna, e os ex-alunos e pais de crianças da Educação Infantil, Cristina França e Luís Fernando Chagas.

O professor Liberato abriu a palestra abordando a importância de se considerar que os atritos, em família, são naturais pois ela reúne pessoas com diferentes características e, também por isso, oferece uma rica oportunidade de convivência e de aprendizado quando os seres que dela fazem parte se dispõem a aprender uns com os outros. É no trato diário que se forma o ambiente do lar, continuou o professor. Segundo ele, em sua experiência, foi fundamental o conhecimento dos agentes causais do comportamento humano, invisíveis aos olhos físicos mas reais no mundo interno de cada um; os pensamentos, e aprender a serenar o estado interno para manter a harmonia na convivência com suas filhas, ensinando, também a elas, a evitar atuar de forma impulsiva.

O Professor Liberato manifestou também que: “Os animais têm um instinto programado por Deus, que é maravilhoso. Eles não têm sensibilidade, mente, alma, espírito. Por isso, conviver com eles torna-se algo fácil. Os pets têm sido cada vez mais comuns na convivência com os humanos dentro de casa. Já conviver com as pessoas exige requisitos, valores que precisam ser cultivados.”

Liberato relatou muitas experiências como pai, nas quais foram importantes o cultivo do otimismo, de ter uma visão positiva da vida, do cultivo da alegria, de oferecer palavras de estímulos e do cultivo das pequenas atenções. Cuidar dos sentimentos como se cuida das plantas!

Cristina ressaltou que é importante e fundamental pensar em formas de criar vínculos com os filhos tendo em vista a própria realidade e com atitudes simples no dia a dia. Recordou experiências sensíveis vividas junto ao seu pai que, mesmo trabalhando muitas horas por dia sempre se fez presente em sua vida cultivando pequenas atenções. Disse que era como se seu pai realizasse uma mágica! Seu bom humor e boa disposição para tudo eram suas marcas registradas! Ao chegar em casa após um dia longo de trabalho, seu pai sempre se mostrou disposto a aceitar as propostas de brincadeiras. Ela e seus irmãos sentiam que seu trabalho não os privava de sua energia. Este vínculo se consolidava cada vez mais, através de várias ações, dentre elas: bilhetinhos carinhosos ao pé da cama para quando acordassem, já que saia cedo, ou quando levava os filhos para seu trabalho e lá dava-lhes pequenas responsabilidades que propiciavam momentos especiais entre eles.

Recordou também, com emoção, que em seu escritório, via as fotos da família que eram sempre renovadas sempre que viviam momentos especiais.

Aos poucos, os filhos foram herdando do pai esses valores e muitas vezes levaram lanchinhos à noite para ele em seu local de trabalho, fora de Belo Horizonte. Naquela época não existiam os deliveries. Entregavam com um beijinho e voltavam para casa com a sensação de ter feito um bem ao pai.

Hoje, como mãe que trabalha longas horas do dia, se vê, a exemplo do pai, se fazendo presente na vida de suas filhas mesmo que a distância. Trocam fotos e áudios do que estão vivendo durante o dia. Compartilha com sua filha mais velha pequenas tarefas de seu trabalho. Já almoçaram juntas pelo Face Time quando não foi possível presencialmente. E os resultados? Vão se fazendo presentes como por exemplo um dia em que chegou e sua filhinha havia feito um caça ao tesouro para ela, todo escrito com sua própria letrinha que está aprendendo ainda a delinear.

Luís Fernando manifestou que para ele tem sido muito importante aprender sobre a realidade do mundo mental em seus estudos de Logosofia. Tudo tem origem no mundo mental e as consequências aparecem no físico. Observa o quanto seu estado interno influencia no estado interno de seu filho de dois anos.

Certo dia, brincando com ele de montar estrada com fita crepe no chão observou que à medida que ele esticava a fita de uma lado, seu filho se divertia em retirá-la de onde já estava colada. Ficou atento para agir com tolerância e paciência e até mesmo desfrutar do momento se descontraindo com ele. Cuidar do próprio estado interno favorece o vínculo com seu filho. Luís Fernando ressaltou que os desentendimentos na convivência entre os membros da família não são eliminados mas podem ser evitados cultivando-se a boa vontade, a alegria e o entusiasmo.

Abaixo alguns depoimentos sobre esta atividade:

Andréia Costa: "Agradeço imensamente a palestra do Sr. Francisco Liberato. Serve como uma "luva" perfeita para nossa vida e reavaliarmos o que estamos fazendo ou deixando de fazer para facilitar a convivência em num momento tão difícil na vida de todos."

Aline: "Cristina, muito obrigada por compartilhar tantas experiências práticas e lindas!! Para mim é um grande desafio o trabalho intenso e a atenção a Luiza. Muito obrigada por essa manha de aprendizados tão lindos!"

Juliana Assis: "Agradeço a generosidade dessa partilha."

Fabiola Miranda: "Que delícia de manhã! Gratidão por tanta experiência compartilhada!!!"

Juliana Barroso de Pinho Lara: "Muito, muito obrigada!!!! Que riqueza de reunião!!!"

Regina e Marcos Satuf: "Obrigado ao Colégio Logosófico por compartilhar belas experiências do prof. Liberato, Cristina e Luís Fernando! Conselhos muito proveitosos!"

Marcos Tadeu Moreno: "Parabéns, gratidão!"